Marcos Alan Vieira BITTENCOURT, André Wilson MACHADO
Objetivo: estabelecer um panorama da ocorrência de más oclusões em crianças brasileiras de 6 a 10 anos de idade, além de duas situações clínicas frequentemente associadas a elas, a cárie e a perda prematura de dentes decíduos. Métodos: a amostra selecionada foi aleatória e intencional, tendo-se avaliado 4.776 crianças. A coleta dos dados foi realizada por meio de exame clínico e anamnese, como parte da campanha “Prevenir é melhor que tratar”, conduzida em 18 estados brasileiros e no Distrito Federal, com a participação de ortodontistas filiados à Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial (ABOR). Resultados e Conclusões: verificou-se que apenas 14,83% das crianças eram portadoras de oclusão normal, enquanto 85,17% possuíam algum tipo de alteração oclusal — sendo 57,24% portadoras de má oclusão de Classe I; 21,73%, de Classe II e 6,2%, de Classe III. Observou-se, também, a ocorrência de mordida cruzada em 19,58% das crianças, sendo 10,41%, na região anterior e 9,17% na posterior; de sobremordida profunda em 18,09%; e de mordida aberta em 15,85%. Cárie e/ou perdas dentárias estavam presentes em 52,97% das crianças. Além disso, verificou-se a possibilidade de intervenção ortodôntica preventiva em 72,34% das crianças examinadas, e interceptora em 60,86%. Sendo assim, destaca-se que a presença, nos postos públicos de saúde, de um especialista em Ortodontia, com qualificação que atenda aos padrões estabelecidos pela ABOR e pela World Federation of Orthodontists (WFO), pode beneficiar sobremaneira as crianças carentes brasileiras.
Palavras-chave: Prevalência. Epidemiologia. Má oclusão.
Tuesday, December 10, 2024 22:26