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Estabilidade da cirurgia combinada de maxila e mandíbula para tratamento da má oclusão de Classe III

Fernando Antonio GONÇALVES, Vânia Célia Vieira de SIQUEIRA

Objetivo: avaliar a estabilidade da cirurgia combinada de maxila e mandíbula em pacientes com má oclusão esquelética de Classe III com a utilização de fixação interna rígida. Métodos: utilizaram-se telerradiografias obtidas em norma lateral de 20 pacientes, sendo 11 do sexo masculino e 9 do feminino, com média de idade de 26 anos e 1 mês, avaliados antes da cirurgia, no pós-operatório imediato e no mínimo 6 meses após a cirurgia. Avaliaram-se dezenove grandezas cefalométricas e os resultados foram analisados estatisticamente por meio do teste t de Student e da análise de Kruskal-Wallis. Resultados: a cirurgia de avanço maxilar praticamente não apresentou recidiva. Ocorreu perda de estabilidade do recuo mandibular, com recidiva de 37,33% no ponto B, devido ao giro anti-horário da mandíbula entre os períodos pós-operatórios, ocorrido pela melhor intercuspidação pós-cirúrgica e adaptação muscular. Os resultados apresentaram as mesmas tendências para ambos os sexos. Conclusão: concluiu-se que no tratamento cirúrgico combinado da má oclusão de Classe III, o procedimento realizado na maxila mostrou-se muito estável, já o recuo mandibular apresentou recidiva. Não evidenciou-se diferenças estatísticas na estabilidade cirúrgica entre os sexos.

Palavras-chave: Má oclusão de Angle Classe III. Osteotomia. Osteotomia de Le Fort.

Como citar: Gonçalves FA, Siqueira VCV. Stability of bimaxillary surgery on Class III malocclusion treatment. Dental Press J Orthod. 2012 Nov-Dec;17(6):41-51.

Sunday, April 28, 2024 12:27