Dpjo

Distalização dos primeiros molares permanentes associada ao mini-implante na rafe palatina

Ana de Lourdes Sá de LIRA, Sávio PRADO, Mônica Tirre ARAÚJO, Eduardo Franzotti SANT'ANNA, Antonio Carlos de Oliveira RUELLAS

Os distalizadores intrabucais convencionais promovem a efetiva distalização dos molares superiores, contudo, com inclinação para distal desses dentes e perda de ancoragem, ou seja, inclinação para mesial/vestibular e mesialização/protrusão dos pré-molares e incisivos superiores. Devido a isso, foram propostos os distalizadores intrabucais implantossuportados. Vários locais de inserção dos mini-implantes têm sido sugeridos, sendo um deles na sutura palatina mediana, posteriormente aos molares. A força para distalização pode ser aplicada desse mini-implante a uma barra transpalatina cimentada nos primeiros molares superiores por meio de elástico em cadeia. Devido ao ponto de aplicação da força localizar-se acima do centro de resistência dos molares superiores, o objetivo do presente estudo consistiu em verificar as alterações biomecânicas dos molares superiores decorrentes da sua distalização por meio da barra transpalatina associada a um mini-implante, inserido na região correspondente à sutura palatina mediana. Um modelo acrílico foi empregado, no qual foi realizada a remoção do acrílico correspondente ao osso alveolar, onde os dentes foram fixados com cera. Todos os dentes superiores de um modelo acrílico foram colados, de forma que um arco de aço inoxidável 0,019” x 0,025” foi inserido. Nos primeiros molares superiores, adaptou-se uma barra transpalatina com dois ganchos centrais, onde dois elásticos em cadeia se estenderam até um mini-implante localizado na região posterior central (correspondente à sutura palatina mediana), liberando uma força de 300gf, aproximadamente. Após a ativação, o modelo foi imerso em água a 60°C, por 5 minutos, e três fotografias padronizadas oclusais e três laterais foram obtidas antes e após o mergulho, para mensuração da inclinação e rotação dos primeiros e segundos molares superiores distalizados e da quantidade de espaço obtido pós-distalização. O experimento foi realizado em cinco modelos de estudo, sendo executado 40 vezes para cada modelo. Foram obtidas 240 fotografias para cada modelo, totalizando 1200 fotografias. Para a avaliação das alterações decorrentes da distalização dos molares superiores ao início e ao final da distalização, empregou-se o teste t de Student pareado (p < 0,05). Os resultados demonstraram que os primeiros molares distalizaram, em média, 3,1mm (lado direito) e 3,2mm (lado esquerdo), com distoversão de 1° e inclinação para distal de 3° (lado direito) e 5° (lado esquerdo). Os segundos molares apresentaram maior distoversão (3°), com inclinação para distal de 5°. Os autores concluíram que com o uso dos mini-implantes associados à barra transpalatina para a distalização dos molares superiores, apesar de a perda de ancoragem poder ser anulada, ainda foram observados efeitos colaterais nos molares distalizados, representados pela inclinação para distal e distoversão.

Como citar: Lira ALS, Prado S, Araújo MT, Sant’Anna EF, Ruella ACO. Distal movement of upper permanent molars using midpalatal mini-implant. Dental Press J Orthod. 2013 Mar-Apr;18(2):18.

Wednesday, May 01, 2024 18:48