Alberto CONSOLARO, Fábio Lourenço ROMANO
As perdas de mini-implantes estão quase sempre relacionadas aos aspectos físicos e mecânicos decorrentes de uma escolha inadequada do local de inserção. Deve se destacar que: a) As cristas ósseas alveolares interdentárias têm flexão e se deformam, e podem não oferecer ancoragem tão absoluta. Quanto mais cervicais, as estruturas são mais delicadas e oferecem menos suporte físico para os mini-implantes; b) as cristas ósseas alveolares triangulares se deformam mais, e as retangulares são menos flexíveis; c) as bases do processo alveolar nos corpos da maxila e mandíbula não têm capacidade flexiva, e seu volume e estruturas são maiores, logo, são mais receptivas para mini-implantes; d) quanto mais próximo da cervical se coloca um mini-implante, maior é o risco de se perdê-lo; quanto mais apical se coloca o mini-implante, melhor é o seu prognóstico; e) avaliar a região tridimensionalmente representa um passo fundamental no planejamento do uso de mini-implantes. Com base nessas considerações, as hipóteses para a perda de mini-implantes são: 1) Deflexão do processo alveolar da maxila e mandíbula, quando fixados em posições mais cervicais; 2) proximidade com o ligamento periodontal e o movimento dentário intra-alveolar normal; 3) densidade óssea menor, pouca espessura e menor volume ósseo alveolar; 4) espessura menor da cortical óssea alveolar; 5) pressão excessiva, induzindo microfraturas ósseas trabeculares; 6) locais de maior fragilidade anatômica mandibular e maxilar; 7) espessura maior do tecido gengival não considerada na escolha do mini-implante.
Palavras-chave: Mini-implantes. Ancoragem absoluta. Microparafusos. Dispositivos de ancoragem temporária.
Como citar: Consolaro A, Romano FL. Reasons for mini implants failure: choosing installation site should be valued! Dental Press J Orthod. 2014 Mar-Apr;19(2):18-24.
Wednesday, December 11, 2024 16:08