Endo

Diagnóstico clínico e imaginológico do trauma oclusal

Alberto consolaro

O diagnóstico mais requintado tende a ser feito baseado em sinais e sintomas sutis, o que requer muito critério e valorização do conhecimento prévio do especialista. O trauma oclusal deve ser incluído no diagnóstico diferencial de pericementite apical e do traumatismo dentário. Quando o dente apresenta-se com necrose pulpar e com sinais de trauma oclusal, o ideal será direcionar a anamnese e os exames para um diagnóstico de traumatismo dentário superposto, mesmo em dentes posteriores. Não há fundamentação científica segura para afirmar que interferências ou sobrecargas oclusais provoquem necrose pulpar. As interferências e sobrecargas oclusais demoram meses ou anos para induzir os sinais e sintomas clássicos do trauma oclusal enquanto entidade clínica. Ainda é comum comparar-se os efeitos do trauma oclusal aos do movimento ortodôntico e do traumatismo dentário. Os mecanismos das alterações teciduais induzidas pelo trauma oclusal não são nem minimamente comparáveis aos do movimento ortodôntico e aos induzidos pelo traumatismo dentário. Nesses três eventos, a causa primária tem natureza física; mas essas forças, aplicadas sobre os tecidos dentários, têm características completamente distintas na intensidade, tempo, direção, distribuição, frequência e forma de absorção pelos tecidos periodontais.

Palavras-chave: Trauma oclusal. Oclusão. Recessão gengival. Traumatismo dentário. Abfração.

Como citar: Consolaro A. Clinical and imaginologic diagnosis of occlusal trauma. Dental Press Endod. 2012 July-Sept;2(3):10-20.

Wednesday, April 24, 2024 02:17