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Estabilidade da cirurgia ortognática em pacientes portadores de fissura labiopalatina

JOÃO LUIZ CARLINI, GUILHERME STRUJAK, CASSIA BIRON, PAULO JOSÉ MEDEIROS, FÁBIO G. RITTO5

Introdução: pacientes com issuras labiopalatinas são, geralmente, candidatos a tratamento cirúrgico por meio de cirurgia ortognática. Isso porque as sucessivas cirurgias em tecido mole, necessárias para fechamento das fendas, geram ibrose, que diiculta o crescimento ósseo da maxila. Objetivo: o objetivo do presente estudo foi avaliar a estabilidade da cirurgia ortognática nesse grupo de pacientes, quando um protocolo especíico foi seguido. Material e Métodos: para avaliar os movimentos cirúrgicos executados em 10 pacientes submetidos a avanços maxilares — com enxerto concomitante de blocos de osso alógeno nos espaços ósseos gerados pelo movimento cirúrgico —, seus prontuários foram analisados, retrospectivamente. As radiograias cefalométricas em norma lateral pré e pós-operatórias desses pacientes foram examinadas. Avaliou-se o movimento cirúrgico executado, comparando-se as radiograias pré-operatória e pós-operatória imediata; depois, foram comparadas as medidas feitas na radiograia pós-operatória imediata com as feitas na última radiograia pós-operatória disponível, para avaliar a estabilidade do movimento. Resultados: como foram selecionados pacientes com necessidade de grandes movimentos anteroposteriores, o tempo de acompanhamento pós-operatório médio foi de 21,6 meses (máximo = 32 meses, mínimo = 12 meses). A idade dos pacientes variou de 19 a 26 anos, com uma média de 23,16 anos. O avanço médio foi de 10,5mm (máximo = 16mm, mínimo = 7mm). Quanto maior a deiciência anteroposterior apresentada pelo paciente, mais difícil foi obter o movimento cirúrgico desejado. Em média, o erro no posicionamento trans-cirúrgico foi de 1,6mm (máximo = 3mm, mínimo = 0mm). Por im, os movimentos foram bastante está- veis ao longo do período de acompanhamento. A maior recidiva foi de 1mm no sentido antero-posterior, sem comprometer o resultado clínico. Conclusão: o avanço maxilar, em uma amostra de 10 pacientes issurados, mostrou-se estável após 6 meses de pós-operatório, quando realizados enxertos alógenos nos espaços ósseos gerados pelo movimento cirúrgico.

Palavras-chave: Fissura labiopalatina. Cirurgia ortognática. Enxerto ósseo alógeno.

Como citar: Carlini JL, Strujak G, Biron C, Medeiros PJ, Ritto FG. Estabilidade da cirurgia ortognática em pacientes portadores de fissura labiopalatina. J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2015 maio-ago;1(2):24-9. DOI: http://dx.doi.org/10.14436/2358-2782.1.2.024-029.oar

Friday, April 26, 2024 06:59